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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

quatro curtas-metragens no forum FEA

O pensamento faz-se na boca - 4 Filmes + 93 dias



21 janeiro - 28 abirl 2017


Curadoria: Filipa Oliveira

Num ensaio, o artista suíço Thomas Hischhorn afirmou que para ele, "a arte é universal. Universalidade significa igualdade, justiça, verdade, o outro, um mundo. A arte - porque é arte - pode provocar um diálogo ou confronto direto, de um a um. Portanto, penso que cada ser humano pode entrar em contacto com a arte, cada ser humano pode ser transformado pelo poder da arte. Acredito que a arte é a maneira de reinventar o mundo. A arte é autónoma. Autonomia é o que dá a uma obra de arte a sua beleza. A arte - porque é arte - pode criar as condições de uma implicação, para além de qualquer coisa. A arte é resistência. A arte resiste a fatos; A arte resiste aos hábitos políticos, estéticos e culturais. Arte - porque é arte - exige igualdade". No mesmo texto, Hischhorn fala ainda da arte como um momento inclusivo, como um bem comum, como uma ferramenta de confronto com a realidade. É neste espírito, e com este entendimento da arte e do seu papel no mundo, que surge a exposição "O pensamento faz-se na boca".

Na África do Sul existe uma palavra - Ubuntu que significa que uma pessoa é apenas uma pessoa através de outras pessoas. Cada um de nós é formado pela nossa comunidade e no reconhecimento da singularidade e diferença do outro.
"O Pensamento faz-se na Boca" é uma apresentação de vídeos que é, sobretudo, um projeto de comunidade, de envolvimento, de discussão e de participação que questiona o formato tradicional de exposição e propõe novas formas de relacionamento do museu com o seu público.

São quatro curtas-metragens, cada uma apresentada individualmente durante três semanas que pretendem promover a reflexão sobre a arte como momento inclusivo, e também constituir-se como o início de inúmeras discussões sobre o tema do Outro. Ao lado da sala da projeção será criada uma sala de encontros na qual diferentes grupos da cidade, da universidade, turmas das escolas são convidados a visionarem os filmes e a partir deles a dialogarem sobre a diversidade, a resistência e a igualdade.

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