Sexta, 29/1; 21h30
NOTES ON THE CIRCUS / 1966, Jonas Mekas (12 min.)
ON THE BOWERY / 1956, Lionel Rogosin (105 min.) – escolha do realizador Ricardo Costa*.
Dois Exemplos de Cinema-Verdade
On the Bowery (1956), de Rogosin, é uma docuficção que regista ao mesmo tempo aspectos dramáticos e divertidos de uma comunidade citadina típica, a meio do século XX. A Ilha Nua (1960), de Shindô, é ficção pura, no entanto marcada pela verdade do cinema (la vérité du cinéma) e pelos aspectos documentais que ilustram, nessa mesma época e em meio rural, uma realidade tocante e universal da condição humana.
Foi Jean Rouch quem inventou o conceito de cinema-verdade (cinéma-vérité) e definiu um novo género com uma velha tradição desde Nanook, o Esquimó (1922), de Robert Flaherty: o primeiro documentário de longa-metragem. Foi Flaherty também quem fez a primeira docuficção da história do cinema: Moana, género que se caracteriza por ser um híbrido de documentário e ficção: filmado em tempo real, marcado pela ética e pela estética do documentário, enriquecido com elementos ficcionais para melhor ilustrar «a verdade do cinema», factos reais sem actores remunerados.
Ricardo Costa, 2016
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