Quinta, 22/8; 22H00
A Flor do Equinócio (Higanbana, 1958, 118’), Yasujiro Ozu
A Flor do Equinócio retrata um profundo drama familiar – a separação e a reconciliação de um pai e de uma filha. Não será despiciendo lembrar que Yasujiro Ozu foi o realizador de cinema mais sereno e humanista que existiu. Os seus filmes exploram as coisas mais simples e belas: pais e filhos, uniões e separações, a solidão e o silêncio, a doença e a morte. Ozu observa estaticamente os delicados ritmos e eventos do quotidiano. O intenso amor que entrega às suas personagens produz algo extraordinário – o sentimento de existência física dessas pessoas que passam a fazer parte de nós, que crescem dentro de cada um de nós, acompanhando-nos para sempre como se fossem familiares que de vez em quando visitamos num álbum de família antigo.
Na estrema da cidade, o antigo Matadouro de Évora abre as suas portas para a exibição de um ciclo de cinema que joga com as noções de espaço e corpo. Ao longo do mês de Agosto, os filmes apresentados neste local dialogam sobre as noções de cidadania, liberdade e o direito, individual e colectivo, ao espaço urbano, convidando os espectadores a pensarem a cidade e a esculpirem a realidade.
O Ciclo de Cinema no Matadouro AS IMAGENS CONTRA O MURO é uma produção da Pó de Vir a Ser, inserida no âmbito da programação do festival de artes públicas Artes à Rua, promovido pela Câmara Municipal de Évora.
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