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domingo, 25 de setembro de 2016

Ciclo "As Línguas e as Artes" do CLECS













CINEMA-FORA-DOS LEÕES apresenta

Sexta-feira, 26 de Setembro, 21h00
AUDITÓRIO SOROR MARIANA
Cineclube da Universidade de Évora


Segunda-feira 26 de Setembro, 21h00
LA LENGUA DE LAS MARIPOSAS / 1999, José Luis Cuerda, 96 min., com legendas em castelhano.*

Terça-feira 27 de Setembro, 18h00
THE MIRACLE WORKER / 1962, Arthur Penn, 106 min., com legendas em inglês.*
* Sessões integradas no ciclo As Línguas e as Artes, com organização do CLECS - Centro de Línguas da Escola de Ciências Sociais, no âmbito doDia Europeu das Línguas.

Poderíamos dizer que, se o segundo é o filme das origens e 'dos primeiros princípios', o primeiro destes dois filmes versa sobre o fim e os fins da linguagem, deixando os seus espectadores num mar de sentidos onde se encontra também o seu afogamento: a pedra, a vociferação e a palavra - que, na imagem do cartaz, nos não é dado ouvir - marcam um caso-limite do tipo daquele que, em "La formule", Gilles Deleuze trata sobre a célebre entre as célebres personagens de Melville, Bartleby e o seu estribilho 'iria preferir que não'. Após ter decifrado a língua das borboletas, é a humana que fica por compreender, a partir da sua indeterminação e impossibilidade, a partir de uma 'escavação da não-linguagem na linguagem' que no-la revela na sua estranheza primordial, e que mergulha no silêncio.
enigma da linguagem indecifrável em que esse primeiro filme nos abandona à nossa sorte (como abandonara a Espanha de 36) desce um degrau obscuro e torna-se no mistério indecifrável da linguagem, no filme seguinte, o de terça-feira: se 'o caso Helen Keller' parece propor ao cinema o problema da linguagem a partir de um silêncio abissal destituído de mundo, donde tudo parte, não é todavia através de alguma 'linguagem cinematográfica' que este lhe responde ou sequer reenuncia em imagem os termos do enigma. É agora a origem dela que nos reserva uma surpresa, quando é uma operação semiótica pura a ocupar-se do 'objecto dos linguistas': não tanto a mostrar uma trabalhadora de milagres, mas sim como é que o milagre trabalha.

Restante programação de Setembro e início de Outubro:
Quinta-feira, 29 de Setembro - Sud (1999), Chantal Akerman (3)
Sexta-feira, 30 de Setembro - O Mar de Sines (2016), Diogo Vilhena - com a presença do realizador (1 e 2)

(1) Sessões integradas no projecto No País do Cinema (CINED e Moving Cinema), em colaboração com a Associação Os Filhos de Lumière e com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo e do Institut Français du Portugal.
(2) Sessão integrada no HERITALES - Heritage International Film Festival, com organização do CIDEHUS - Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora. Mais informações: http://www.heritales.org/wp/
(3) Sessão integrada no ciclo Sul. Visões e Representações, da programação paralela à Exposição Habitar Portugal 12-14, patente no Fórum Eugénio de Almeida. Mais informações: http://www.habitarportugal.org/PT/

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