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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Cinema na Páscoa


Uma organização em parceria Colecção B | Cinema -fora- dos Leões e Cineclube da Universidade de Évora

No Auditório Soror Mariana, às 21h 30. Entrada livre

17 de Abril - Quinta

Bruno Dumont (França), La vie de Jésus (1997, 96')
Bruno Dumont é um dos mais importantes realizadores franceses dos últimos vinte anos, com um percurso singular, marcado por filmes viscerais e disruptivos. Em A vida de Jesus, Freddy e o seu gang perdem os dias a circular sem rumo nas suas motos. Freddy é epiléptico, vive com a mãe, proprietária de um pequeno café em Bailluel (França), e namora com Marie, uma caixa de supermercado. A vida decorre entre os seus encontros amorosos e a vida do gang. E tudo se repete como de costume, até que um dia um jovem africano, Momo, decide cortejar Marie…
18 de Abril - Sexta

Denys Arcand (Canadá), Jésus de Montreal (1989, 119')
Nome central do cinema canadiano, Denys Arcand conta neste Jesus de Montreal a história da transformação de uma encenação 'tradicional' da paixão de Cristo. Actores novos e novo encenador resultam em nova leitura da paixão, o que desencadeia reacções violentas por parte da Igreja, mas uma excelente resposta por parte dos espectadores. Ao longo de vários paralelismos entre a vida dos actores e os episódios bíblicos, desenha-se a hipotese de comparar a fundação da igreja à fundação de uma companhia de teatro dedicada à experimentação.

19 de Abril - Sábado 

Artur Aristakisyan (Rússia), 1993, Ladoni (Palms) [original russo, legendas em inglês]
Aristakisyan, um nome raro e de produção bissexta do cinema russo (moldavo, mais precisamente), propõe em Ladoni, essas palmas que tanto evocam o contexto festivo pascal, um extraordinário percurso pela pobreza. São figuras da solidão e do silêncio, da cegueira e da fuga, da indiferença e da crença as que povoam este soberbo filme. Ladoni é uma construção poética em que as palavras que um pai dirige ao filho são devoradas por estas figuras que no ecrã desfilam no seu silêncio violento feito de infindáveis histórias. Numa delas, um rapaz cego, filho de cegos, crê absolutamente que no mundo todos são cegos, e assim aprende a esperar quando não o vêem…

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