O CINEMA-FORA-DOS LEÕES apresenta
Sexta, 4 Abril
Assalto à 13ª Esquadra, John Carpenter, 1976, 91’
Legendado em português.
Volvidos dois minutos de filme e já percebemos que algo terrível está para explodir. Estamos habituados a esta temperatura em noites de verão, quando o ar quente e a humidade se juntam para formar uma tempestade. Mas neste filme parece ser diferente, não pode ser só isso. O ar é abrasador e arrasta o prenúncio de algo mais devastador: três furacões (um pai que assistiu à morte da filha, um autocarro que transporta prisoneiros de alta segurança e centenas de membros de um gang organizado) que, num inexplicável fenómeno geográfico, encontram o seu epicentro numa esquadra em vias de encerramento.
Em “Assalto à 13.ª Esquadra” assistimos à construção de uma silenciosa, invisível e mortífera ameaça contra uma esquadra da polícia e as pessoas que esta “protege”. Os acossados da semana são Napoleon Wilson (perigoso assassino e misterioso conquistador), Ethan Bishop (homem determinado e optimista) e Leigh (bela e corajosa secretária). Serão três pessoas de passados e naturezas absolutamente distintas capazes de se unir e defender desta ameaça? Anybody got a smoke?
Trailer
http://www.youtube.com/watch?
Sessões às 21h30
AUDITÓRIO SOROR MARIANA
Cineclube da Universidade de Évora
Rua Diogo Cão, 8 | 7000-872 Évora | Portugal
cineclube@uevora.pt | auditorio.sorormariana@gmail.
Apoios: Cineclube da Universidade de Évora | Pátio do Cinema – Núcleo de Cinema da SOIR | Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora
"....O tipo de inquietação infundida pelo cinema de Carpenter transcende a do enredo e mesmo a do espaço cénico - todo ele sempre em rarefacção, suspensão, inesperado, seja em Nova Iorque no táxi prisional de Borgnine, seja numa Antártida extraplanetária sem saída.
Mas nunca como neste Assault on Precint 13.
Como em todos os grandes filmes, não se trata nele de inventar uma intriga ocorrendo num mundo, mas de inventar um mundo para uma intriga: de inventar, pois, uma ocorrência absoluta. Combinando aquelas inquietações com a do ritmo furtivo dos movimentos e com a de uma peculiar qualidade crepuscular que repassa do mundo filmado para a química granulosa da própria película, o cineasta orquestra uma inquietação ilimitada e cósmica com epicentro no plexo de cada um dos espectadores.
Podemos no final resolver o filme como quisermos: essa difusa inquietação permanece insolúvel. E era essa 'a Coisa' de que afinal se tratava.
Que o cinema pode ser genial ou uma m......, o atesta a insolência de se fazer um remake em 2005, apoiado num baralho de estrelato, 'refrescando' a trama e apontando à capitalização comercial. Já só faltam as prequelas, e fazê-as convergir com uma das outras linhagens agora disponíveis: a dos robocops, a dos prometeus, a dos terminadores, a dos gremlins, que sei eu. Com pipocas e cérebros-pipocas a fazer paf!, todas contentes..."
dixit JMM
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