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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

como no cinema

Alentejo














Folheia-se o caderno e eis o sul
E o sul é a palavra. E a palavra
Desdobra-se
No espaço com suas letras de
Solstício e de solfejo
Além de ti
Além do Tejo

Verás o rio e talvez o azul
Não o de Mallarmé: soma de branco e de vazio
Mas aquela grande linha onde o abstracto
Começa lentamente a ser o
Sul















Outro é o tempo
Outra a medida

Tão grande a página
Tão curta a escrita


Entre o achigã e a perdiz
Entre chaparro e choupo

Tanto país
E tão pouco


















Solidão é companheira
E de senhor são seus modos
Rei do céu de todos
E de chão nenhum

À sombra de uma azinheira
Há sempre sombra para mais um
















Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia

Todas as aves partem para o sul
Todas as aves: como a poesia



Porque tudo na vida pode ser um filme, tudo na vida pode ser Como no Cinema

Como no CinemaAlentejo
Vozes:Fernando Alves
Baby Sandy & Mister-X
Custódia Inácia Silva
Textos:Manuel Alegre (Alentejo e ninguém)
Depoimentos:Cidadãos anónimos em Beja
Música/Sons/Registos/Cante:Michel Giacometti & Fernando Lopes Graça
Janita Salomé
Vitorino
Grupo Coral e Etnográfico Os Ceifeiros de Pias
Ganhões de Castro Verde
José Francisco Colaço Guerreiro
Francisco Lança
Assistência Técnica:Pedro Vieira
José Guerreiro
João Félix
Paulo Dias
Paulo Canto e Castro
Paulo Jorge Guerreiro
Colaboração especial: Vírginia Marques
Sons tradicionais recolhidos em Évora, Beja, Pias, Monte das Flores, Cuba, Pêro Guarda, Campo Maior, Baleisão, Serpa e Cercal do Alentejo
Produção; Montagem (em directo) e Realização:Francisco Mateus
Tempo total: 37:09 min

Cortesia : site "como no cinema"

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